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#11 Desafio 2018 – Relacionamentos Interpessoais

Chegamos a Novembro, o 11º mês do ano e o 11º desafio do ano!

Em Outubro estivemos a treinar a categoria de Inteligência Emocional, “Expressão Emocional”. Este mês a categoria vai ser sobre “Relacionamentos Interpessoais“.

Vamos recordar os desafios mensais dos últimos 10 meses:

A qualidade dos nossos relacionamentos interpessoais são de extrema importância para a nossa saúde, bem-estar psicológico e bem-estar físico.

Se tivermos más relacionamentos, os nossos processos psicológicos resultantes dessas experiências podem prejudicar o nosso sistema imunitário, aftetar o nosso sistema cardiovascular e aumentar o rico de depressão (Graham, Christian, & Kiecolt-Glaser, 2006). Por outro lado, as relações positivas estão mais associadas com processos positivos que nos fazem experienciar um elevado bem-estar. O suporte social tem sido estudado por vários investigadores e mostram que providenciam um recurso para lidar com o stress que experienciamos no dia-a-dia, que prejudica a nossa saúde e bem-estar (Thoits, 2010).

Das investigações que têm sido feitas, muitas centram-se nos relacionamentos amorosos e conjugais. Estar casado, especialmente casado e feliz, está associado com uma saúde física e mental maior (Carr & Springer, 2010) e a força do efeito matrimonial na saúde, é comparado a outros fatores de risco tradicionais como fumar ou a obesidade (Sbarra, 2009).

Mas não são só os relacionamentos amorosos que afetam a nossa saúde. Os relacionamentos familiares, profissionais e de amizade, todos eles impactam a nossa saúde, e o nosso bem-estar físico e psicológico. Então, é de extrema importância, melhorarmos a qualidade dos nossos relacionamentos interpessoais. Mais do que quantidade, na fase adulta da vida, o maior impacto está na qualidade das nossas relações. O psiquiatra Robert Waldinger descreveu alguns segredos para a felicidade num discurso que deu no TED. Disse que as três lições-chaves para a felicidade são: relações pessoais próximas, qualidade das relações (e não quantidade) e casamentos estáveis e compreensivos.

Ao não trabalharmos os nossos relacionamentos, caminhamos em direção à solidão, e isso tem consequências devastadoras para a nossa saúde. Psicólogos como John Cacioppo e Sheldon Cohen, têm vindo a mostrar que as pessoas que se sentem só, tendem a ter um maior risco de mortalidade, infecções, depressão e declínio cognitivo. É importante dar nota que este efeito tem vindo a ser verificado nas pessoas que reportam sentirem-se sós e não tanto nas pessoas mais isoladas socialmente. Embora este efeito não se tenha verificado tanto naquelas que estão isoladas socialmente, mas não se sentem só, termos relações saudáveis, tende a aumentar o nosso bem-estar físico e psicológico.

Durante este mês, quando tiveres conversas ou discussões em que exista um conflito de pontos de vista, tenta entender o outro lado antes de tentares ser compreendido. Quando ouvimos algo que percecionamos como um ataque ou crítica, faz com que nos queiramos defender automaticamente, não ouvindo corretamente o outro lado, perdendo a oportunidade de entendê-lo. Durante este mês, tenta entender primeiro o outro lado, antes de tentares explicar o teu.

 

 

Referências bibliográficas

Carr D., & Springer K. W. (2010). Advances in families and health research in the 21st centuryJournal of Marriage and Family72, 743–761. doi:10.1111/j.1741-3737.2010.00728.

Graham J. E., Christian L. M., & Kiecolt-Glaser J. K. (2006). Marriage, health, and immune function: A review of key findings and the role of depression. In Beach S. & Wamboldt M. (Eds.), Relational processes in mental health, Vol. 11. Arlington, VA: American Psychiatric Publishing, Inc.

Sbarra, D. A. (2009). Marriage protects men from clinically meaningful elevations in C-reactive protein: results from the National Social Life, Health, and Aging Project (NSHAP). Psychosomatic medicine71(8), 828-35.

Thoits, P. A. (2010). Stress and Health: Major Findings and Policy Implications. Journal of Health and Social Behavior51(1_suppl), S41–S53. https://doi.org/10.1177/0022146510383499

 

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