Chegamos a fevereiro de 2019, tempo de lançar o nosso 2º desafio mensal para desenvolvermos a nossa Inteligência Emocional!
Vamos recordar o primeiro desafio deste ano:
- Janeiro: Autoconsciência (consultar aqui)
Depois de treinarmos a nossa Autoconsciência, vamos passar para outra competência intrapessoal, que é a Autoestima.
A autoestima é a perceção que um indivíduo tem do seu valor. De acordo com Morris Rosenberg, um especialista neste tema, bem como outros autores, a autoestima possui duas dimensões distintas:
- Competência (autoestima baseada na eficácia): refere-se ao grau que um indivíduo se vê como capaz e eficaz;
- Valor (autoestima baseada no valor): refere-se ao grau que um indivíduo sente que é uma pessoa de valor.
Uma baixa autoestima tem vindo a ser correlacionada com um número de resultados negativos, como sintomas depressivos (Silverstone & Salsali, 2003). As pessoas com baixa autoestima, também tendem a ficar mais afetadas com os falhanços no dia-a-dia e a exagerar os eventos, transformando-os como mais negativos. Habitualmente interpretam comentários não críticos como críticos e experienciam mais facilmente ansiedade social e baixos níveis de confiança interpessoal. Uma baixa autoestima também leva a que os indivíduos sejam mais pessimistas em relação às pessoas e aos grupos em geral (Rosenberg and Owen, 2001).
Por outro lado, as pessoas com elevada autoestima, são mais abertas a críticas, aceitam erros com mais facilidade e estão mais confortáveis em dar e receber elogios. Tendem a não ter receio de mostrar a sua curiosidade, discutir experiências, ideias e oportunidades. As pessoas com uma elevada autoestima também estão mais confortáveis em ter debates e a lidar com a assertividade das outras pessoas. Tendem a gostar de desenvolver-se e a procurar realização e significado nas suas vidas. Habitualmente têm mais relacionamentos respeitosos e felizes (Branden, 1992).
Existem várias pesquisas sobre o impacto da autoestima na nossa vida. Num desses estudos, foi feito um programa escolar em emparelhava estudantes com mentores, focando-se em desenvolver relacionamentos, autoestima e traçar objetivos. Os resultados do estudo mostraram um aumento da autoestima dos estudantes, uma melhoria nos relacionamentos, redução de sintomas depressivos e comportamentos de bullying (King, Vidourek, Davis, & McClellan, 2002).
Então, como podemos desenvolver a nossa autoestima? Existem várias formas e várias técnicas para treinar a nossa autoestima, mas para este desafio deixamos apenas um passo, segundo a investigação do Dr. John M. Grohol, especialista em saúde mental e comportamento humano.
Durante este mês, perante cada situação que enfrentas, define expetativas realistas. É importante definir objetivos pequenos e atingíveis, que estejam dentro do nosso alcance. Quando te deparares com uma situação em que sintas maior desilusão e frustração, pensa “Que expetativa tinha desta situação?” e tenta ajustá-la para uma mais real e adaptativa. Uma expetativa irrealista é uma fórmula certa para afetar negativamente a nossa autoestima.
Referências bibliográficas