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#12 Desafio 2017 – Otimismo

No início deste ano, decidimos lançar desafios mensais para todos aqueles que querem desenvolver a sua Inteligência Emocional. Chegamos ao mês de Dezembro e ao último desafio de 2017. Vamos terminar com um desafio para a categoria Otimismo.

 

Recapitulando os últimos 11 desafios:

 

O otimismo é algo que é muito falado. Mas será que existe algum benefício em trabalharmos o otimismo?

Martin Seligman, psicólogo Norte-Americano e Ex-Presidente da Associação Americana de Psicologia, é considerado o pai da Psicologia Positiva, tendo sido responsável por inúmeros estudos que mostram o poder o otimismo na nossa saúde e bem-estar.

Em meados dos anos 80, Martin Seligman e Gregory Buchanan acompanharam 120 homens que tinham sofrido um ataque cardíaco, tendo sido medida a extensão da lesão no coração, pressão arterial, colesterol, massa corporal e estilo de vida – todos os fatores de risco tradicionais para as doenças cardiovasculares. Além disso, todos os homens foram entrevistados sobre outros fatores como: família, emprego e passatempos. Depois, através de questionários, classificaram os homens como otimistas e pessimistas.
Passados oito anos e meio, metade dos homens tinham morrido de um segundo ataque cardíaco. Nenhum dos fatores de risco usuais previu a morte. (Seligman & Buchanan, 1993)

Só o otimismo, oito anos e meio antes previu o segundo ataque cardíaco. Dos dezasseis homens mais pessimistas, quinze morreram e dos dezasseis homens mais otimistas, apenas cinco morreram. Esta descoberta foi repetidamente confirmada em grandes estudos sobre doenças cardiovasculares, que utilizaram várias medidas de otimismo. 1

Mas como é que o otimismo é um fator tão forte que pode impactar até a nossa sobrevivência. Existem algumas vias biológicas possíveis. Uma delas é o sistema imunitário. Judy Rodin, Leslie Kamen, Charles Swyer e Martin Seligman, colaboraram em 1991 num estudo em que recolheram amostras de sangue a idosos pessimistas e otimistas e depois testaram a resposta imunitária. O sangue dos otimistas reagia de forma mais energética às ameaças, produzindo mais glóbulos brancos, ou linfócitos T, para combater as infeções – do que os pessimistas. 2

Existem muitas evidências científicas que comprovam o poder do otimismo. Os eventos mais negativos que nos deparamos no dia-a-dia são apenas isso: eventos. No entanto, nós temos a capacidade de colocar carga emocional nesses eventos, influenciando a nossa resposta emocional e consequentemente a nossa saúde. Existem muitos poucos eventos negativos na vida que realmente não podemos olhar de uma forma otimista. Mas existe uma tendência generalizada para que qualquer evento mais problemático, seja transformado numa catástrofe. E dessa forma, ficamos com uma visão mais pessimista, prejudicando o nosso comportamento e como já vimos, a nossa própria saúde.

O desafio deste mês é muito simples mas extremamente poderoso para desenvolvermos a nossa Inteligência Emocional. Podes ver o desafio na imagem em baixo.

Bons treinos!

1. G.M. Buchanan e M.E.P. Seligman, “Explanatory Style and Heart Disease”, in Explanatory Style, eds. G.M. Buchanan e M.E.P. Seligman, Hillsdale,NJ,Erlbaum,1995, pp. 225-32.

2. L. Kamen-Siegel, J. Rodin, M. E. P. Seligman e J. Dwyer, “Explanatory Style and Cell-Mediated Immunity in Elderly Men and Women”, Health Psychology 10, 1991, pp. 229-35.

 

 

 

 

#11 Desafio 2017 – Relacionamentos Pessoais

Olá!

Chegamos ao mês de Novembro e é altura de mais um desafio mensal.

Este mês é tempo de desenvolvermos os Relacionamentos Pessoais. Este tema é muito importante e traz um impacto tremendo no nosso bem-estar e felicidade.

Os últimos 10 desafios que lançamos, foram:

 

Existe evidências científicas sólidas que mostram que as relações pessoais afetam a nossa saúde de inúmeras formas, incluindo a nossa saúde mental, física, hábitos saudável e até o risco de mortalidade.

Investigadores da Universidade de Chicago nos EUA, descobriram que a solidão extrema aumenta a probabilidade de morte prematura por 14%. Este impacto é quase tão forte como o impacto que existe em termos uma forte desvantagem no nosso status sócio-económico.

John Cacioppo, professor de Psicologia da Universidade de Chicago nos EUA, mostrou que as consequências de não mantermos relações pessoais e ficarmos isolados são dramáticas. O sentimento de solidão pode prejudicar o nosso sono, aumentar a pressão sanguínea, aumentar a hormona de stresse cortisol, alterar a expressão de genes em células imunitárias, aumentar a depressão e baixar o sentimento de bem-estar subjetivo.

No entanto, é muito comum considerarmos que as relações têm que funcionar automaticamente, sem esforço. Muitas pessoas tendem a não esforçar-se o suficiente para manter relacionamentos a longo prazo, mantendo o contacto com alguma periodicidade. Outras pessoas, na sua azáfama diária, consideram que não podem perder tempo para estar com os seus amigos e vão adiando interações sociais, até ao ponto que estas se perdem. Mas não fomentarmos relações pessoais, faz-nos o inverso. Perdemos tempo e qualidade de vida.

Não te preocupes se tens poucos amigos ou pessoas que possas ou queiras estar. Para nós e para os nossos amigos sentirem os benefícios físicos e mentais que existem, o que conta é a qualidade e não a quantidade dos relacionamentos!

O desafio deste mês é muito simples, mas muito necessário. Em cada semana, escolhe um amigo ou familiar e marca algo com ele/a. Começa a treinar esta área da tua vida, que tantos benefícios nos traz.

 

Bons treinos!

 

 

 

 

 

#10 Desafio 2017 – Expressão Emocional

Olá!

Chegamos ao mês de Outubro e é altura de mais um desafio mensal.

Ao longo do ano temos lançados vários desafios mensais para todos aqueles que querem desenvolver a sua Inteligência Emocional. Esta área trabalha-se através da repetição de técnicas, de metodologias. Se não treinarmos, não conseguimento aumentar o nosso QE (Quociente Emocional).

Este mês é tempo de desenvolvermos a Expressão Emocional. Este é um tema que a maioria das pessoas não valoriza, mas que tem efeitos gigantescos no nosso bem-estar, que irei indicar em baixo.

Os últimos 9 desafios que lançamos, foram:

 

Em primeiro lugar, temos que entender que todas as emoções servem um propósito e que não existem boas ou más emoções, existem sim, emoções que são mais ou menos agradáveis. Mas mesmo aquelas que são menos agradáveis de sentir, também servem um propósito.

Socialmente, e na maioria das culturas, expressarmos as emoções é algo errado. Devemos manter as emoções para nós mesmos, é o que dizem. Embora em certos contextos sociais precisamos de o fazer, se o fizermos continuamente e em todos os momentos da nossa vida, vamos começar a prejudicar a nossa saúde física, mental e os nossos relacionamentos.

Emotional leaking é um termo que mostra que quando acumulamos muitas emoções desagradáveis, estas começam a verter. É como um balde que vai enchendo, até começar a derramar. E ao verter, começamos a dizer e a fazer coisas que magoam, desrespeitam e insultam as pessoas à nossa volta. Pode também acontecer, em momentos de maior sensibilidade, começarmos a chorar sem razão aparente. As nossas emoções precisam de ser ouvidas e expressas, sob pena de prejudicar a nossa vida.

E como o fazer? Existem duas grandes formas: partilhar aquilo que estamos a sentir com alguém que nos seja confidente ou escrever um diário sobre o nosso dia-a-dia e o que nos perturba.

Existem vários estudos que mostram o enorme impacto de expressarmos as nossas emoções. Um dos estudos, foi feito com pacientes com fibromialgia. Esses pacientes escreveram durante 20 minutos por dia, durante 3 dias e com intervalos de uma semana ao longo de alguns meses. Estes pacientes experienciaram redução significativa na sua dor, menor fadiga e melhor estado psicológico.

A expressão emocional também nos permite comunicar melhor com as pessoas à nossa volta, desde que esta comunicação seja feita de forma saudável. Não comunicarmos como nos estamos a sentir, em certos contextos, é prejudicial para o impacto que queremos causar com a nossa mensagem.

Então, a expressão emocional não é algo insignificante e que podemos descurar, mas sim algo que devemos trabalhar diariamente, de forma a aumentar a nossa Inteligência Emocional.

Com isso em mente, lançamos-te este novo desafio este mês, que podes ver na imagem em baixo.

Bons treinos!

 

 

 

 

#9 Desafio 2017 – Descanso

Olá!

Chegamos ao mês de Setembro e é altura de mais um desafio mensal. Setembro é uma altura com muito desgaste, pois as pessoas costumam voltar de férias, as crianças retomam à escola e as empresas preparam o último trimestre do ano. Todos os meses temos trabalhado uma componente de Inteligência Emocional, mas também temos trabalhado aquelas componentes que influenciam a Inteligência Emocional. O exercício físico em Março e a alimentação em Junho, foram duas delas. Por último, existe outra componente que é muito importante para conseguirmos gerir as nossas emoções de forma eficiente: O Descanso. Este mês vamos lançar um pequeno desafio, que é óbvio, mas que não é muitas vezes respeitado.

Os últimos 8 desafios que lançamos, foram:

O descanso é fundamental se quisermos desenvolver a nossa Inteligência Emocional e gerir emoções de forma eficiente. Por vezes até concentramos-nos em ter uma boa alimentação e fazer algum exercício físico, mas descuramos a parte do descanso. Aliás, se vivermos com um mindset de atingirmos sucesso na nossa área, somos bombardeados com mensagens que temos que dormir pouco para produzir mais e ultrapassar a nossa concorrência. Este conselho é positivo, desde que o dormir pouco não signifique dormir menos horas do que o corpo realmente precisa.

Para que entendas realmente o impacto que o descanso tem na nossa vida, vou-te deixar cinco grandes problemas que a privação de sono nos traz.

 

1. A privação de sono deixa-nos menos inteligentes

O sono tem um papel crítico no pensamento e aprendizagem. A privação de sono prejudica os nossos processos cognitivos de várias formas. Durante a noite, vários ciclos de sono desempenham um papel em consolidar as memórias. Se não dormirmos o suficiente, não vamos ser capazes de recordar com eficácia aquilo que aprendemos e experimentamos durante o dia.

2. A privação de sono contribui para a depressão

Ao fim de algum tempo, a falta de sono pode contribuir para sintomas de depressão. Em 2005, numa sondagem nos EUA, as pessoas diagnosticadas com depressão ou ansiedade tinham mais probabilidade de dormir menos de seis horas por dia. O distúrbio de sono mais comum, a insónia, tem a ligação mais forte à depressão. Num estudo feito em 2007 com 10.000 pessoas, aqueles que tinham insónias, tinham cinco vezes mais probabilidade de desenvolver depressão do que aqueles que não tinham insónias.

3. A privação de sono envelhece a pele

Quando não dormirmos o suficiente, o nosso corpo liberta mais cortisol, a hormona do stresse. Em excesso, o cortisol pode quebrar o colagénio da pele, a proteína que mantém a pele elástica e suave.

4. A privação de sono pode fazer-nos ganhar peso

De acordo com um estudo de 2004, as pessoas que dormiam menos de seis horas por dia, tinham 30% mais de probabilidade de se tornarem obesas, em comparação com aqueles que dormiam sete a nove horas. A falta de sono não estimula só o apetite. Estimula desejos para comidas ricas em gordura e hidratos.

5. A privação de sono pode aumentar o risco de morte

No estudo “Whitehall II”, investigadores Britânicos analisaram como os padrões de sono afetavam a mortalidade de mais de 10.000 civis ao longo de duas décadas. Os resultados, publicados em 2007, revelaram que aqueles que cortaram o seu descanso de sete para cinco ou menos horas por noite, quase duplicaram o seu risco de morte. Em particular, a falta de sono duplicou o risco de morte por doença cardiovascular.

 

O desafio deste mês é apenas que descanses entre sete a nove horas diárias. Cada pessoa é diferente e precisa de diferentes horas de sono, mas o número médio geral é entre sete a nove horas. Durante este mês, tenta respeitar estas horas. E, se estás a pensar que dormes cinco horas por dia e compensas no fim-de-semana, as horas de sono não são acumuláveis! Se precisares de recuperar, tenta dormir uma sesta ou fazer algum descanso durante o próprio dia e não concentrar tudo no fim-de-semana.

Bom treino!

 

 

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