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#4 Desafio 2019 – Resiliência

Abril, quarto mês do ano e quarto desafio que lançamos para desenvolveres a tua Inteligência Emocional!

Recordamos os últimos três desafios do ano:

Este mês o desafio vai incidir sobre a Resiliência!

Este conceito tem muitas definições, mas é frequentemente definido como uma adaptação positiva a situações adversas. É o processo de nos adaptarmos e recuperarmos de adversidades, tragédias, ameaças ou situações de stress. Uma pessoa resiliente não é alguém que não experiencia dificuldades ou stress. Pelo contrário, tem que existir dificuldades ou stress para que haja resiliência.

Embora os nossos genes influenciem a forma como interpretamos as situações e como agimos no dia-a-dia, a resiliência não é um traço fixo, mas uma competência que também podemos desenvolver. Hunter (1999) conceptualiza a inteligência como um continuum com dois extremos: o pólo menos positivo e o pólo mais positivo. No pólo menos positivo, temos comportamentos de elevado risco, violência e evitamento. No pólo mais positivo, temos comportamentos mais adaptados, mais assertivos e uma perspetiva mais positiva sobre o resultado.

Para desenvolvermos a nossa resiliência, é necessário adaptar comportamentos que estão mais próximos do pólo mais positivo. E como é que podemos fazer isso? Existem várias formas de treinar a nossa resiliência, sendo que uma delas é mudar a nossa perceção em relação ao evento que nos está a fazer experienciar stress. Quando um evento surge, existe um processo cognitivo que processa a informação sobre o evento e o que ele representa para nós. Esse processo cognitivo faz-nos “contar uma história” sobre a situação e nós temos uma reação emocional e comportamental. Existem logicamente situações que colocam a nossa sobrevivência em risco, que reagimos automaticamente, antes de iniciar este processo cognitivo. No entanto, estamos sempre a contar histórias sobre aquilo que nos acontece. Então, uma das formas de aumentarmos a nossa resiliência é começarmos a contar melhores histórias. De preferência, histórias que tenham uma perspetiva mais positiva.

Barbara Fredrickson, professora de Psicologia da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, propôs que as emoções positivas, geradas pelas nossas perceções e expetativas, aumentam e diversificam os pensamentos de um indivíduo, de forma a que este consiga construir recursos pessoais duradouros. Na sua investigação, Fredrickson também verificou que um afeto positivo ajuda a reduzir os efeitos do stress, ajudando ainda a recuperar mais rapidamente de estímulos stressantes, como por exemplo, fazendo com que os níveis do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, voltem aos valores normais mais rapidamente (Fredrickson, 1998).

Vamos olhar para dois exemplos de situações que poderíamos mudar a nossa perceção para uma mais positiva. Por exemplo, se no meu local de trabalho derem-me algo para fazer que sinto que exceda as minhas capacidades, em vez de pensar “Estão a sobrecarregar-me, não tenho capacidade para isto, não tenho tempo, estão de propósito”, posso pensar “Vou aproveitar para aprender, aumentar as minhas competências e poder crescer mais rapidamente na empresa e ser promovido”. Pegando agora num exemplo familiar, se o meu parceiro discutir comigo sobre uma situação, em vez de tentar ter razão e pensar que ele é teimoso, tentar enquadrar a situação como uma oportunidade de perceber melhor o que ele quer, mostrar porque é que eu vejo de outra forma e arranjar um consenso para fortalecer a relação. Em ambas as situações, contamos histórias diferentes, mas há histórias que nos ajudam mais do que outras na nossa resiliência.

Para o desafio deste mês, cada vez que um evento te fizer sentir mais stress, reflete nos seguintes pontos:

  • Que história estou a contar sobre esta situação?
  • Que outra história posso contar que me ajude a dar mais recursos e a ultrapassá-la mais facilmente?

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#4 Desafio 2018 – Resiliência

Chegamos ao mês de Abril e é tempo de lançarmos o nosso 4º desafio mensal para desenvolver a nossa Inteligência Emocional!

Os outros três desafios mensais, foram os seguintes:

Este mês o desafio é sobre a Resiliência, uma categoria que trabalhamos no treino da Inteligência Emocional. 

A Resiliência é a capacidade de um indivíduo se adaptar perante uma situação adversa. Em vez de se deixarem ir abaixo perante os obstáculos que a vida lhes joga, as pessoas com uma maior resiliência conseguem recuperar e voltar mais fortes do que antes. Os psicólogos têm vindo a estudar este tema há várias décadas, não existindo uma única definição ou um único factor que envolve a Resiliência. No entanto, as pessoas que têm uma atitude mais positiva perante a vida, são mais otimistas, regulam melhor as suas emoções e olham para o falhanço como uma forma de feedback em vez como uma derrota final, tendem a apresentar uma maior resiliência.

Joshua J. Marine disse “Os desafios são o que fazem a vida interessante; ultrapassá-los é o que dá significado à vida.”. Esta é uma visão de alguém resiliente. Quando somos confrontados com um problema, a maioria das pessoas olha para o problema como um ataque a elas, como algo que está a impedi-las de avançar e de conseguirem o que querem. Esta mentalidade dá mais intensidade ao problema e prejudica o seu progresso, enfraquecendo a sua resiliência.

Vamos imaginar que uma pessoa no seu emprego recebe uma crítica do seu chefe sobre o seu desempenho. Se essa pessoa olhar para a crítica como uma problema, como uma crise, então vai sentir raiva do seu chefe e pode prejudicar o esforço necessário à melhoria do trabalho. Se, por outro lado, analisar a crítica e ver em como pode melhorar e ultrapassar, vai gerar um estado de maior energia e motivação, que vai ser empregue na melhoria do seu trabalho, saindo mais forte dessa situação. A nossa interpretação da situação vai invariavelmente afetar o nosso comportamento e consequentemente, o nosso resultado.

Com isto em mente, vamos lançar o desafio do mês de Abril!

O nosso dia-a-dia encontra-se repleto de situações com uma carga emocional mais elevada. No entanto, a mesma situação pode ser encarada como uma crise para um indivíduo ou como um desafio para outro indivíduo. Diferentes interpretações, geram diferentes respostas emocionais, que geram diferentes comportamentos.

Durante esta semana, quando te deparares com uma situação mais adversa, pensa nos seguintes pontos:

  • Eu estou a interpretar esta situação como uma crise ou como um desafio?
  • O que é que posso fazer para influenciar esta situação?

Bom treino!

 

 

Mudar Emoções Negativas Com o Pensamento

Shakespeare, na sua peça mundialmente conhecida “Hamlet” disse: “Nada em si é bom ou mau, tudo depende daquilo que pensamos”.

A peça foi apresentada há mais de 400 anos e já mostrava aquilo que a ciência viria a descobrir muitos séculos depois.

O ser humano tem uma capacidade de adaptação invejável, em comparação com a maioria das outras espécies. Somos adaptáveis não só ao mundo exterior, como ao mundo interior.

As emoções comandam a nossa vida e muitos de nós somos avassalados por emoções negativas mais vezes do que gostaríamos. Mas existe uma excelente notícia: podemos mudar isso através do nosso pensamento.

Sim, claro que existem situações que certos distúrbios ou lesões em áreas cerebrais podem impedir que consigamos gerir as nossas emoções apenas através do pensamento. Mas para muitos casos pontuais que experienciamos no dia-a-dia, é possível.

Kevin Ochsner, da Universidade da Columbia fez uma experiência em que os voluntários observavam várias imagens, umas com carga negativa e outras com neutra. 1 Alguns voluntários iriam ver a fotografia normalmente, sentido a emoção negativa, enquanto a outros era pedido que reenquadrassem a situação, dando outra perspetiva ao que estavam a ver.

Por exemplo, uma das imagens continha uma foto de uma mulher a chorar numa igreja, que os participantes pensavam que era um funeral. Quando isto acontecia, a amígdala direita, um ponto chave para as emoções perturbadoras, fazia uma avaliação automática e rápida da situação – um funeral – e ativava o circuito para a tristeza. Esta resposta acontece tão rapidamente e espontaneamente, que enquanto a amígdala ativa estas reações e ativa outras áreas do cérebro, os centros corticais para pensar ainda não acabaram de analisar a situação. Depois e em conjunto com a avaliação da amígdala, os sistemas ligando os centros emocionais e cognitivos verificam e refinam essa reação, dando um acréscimo emocional ao que estamos a ver. E é então que formamos a nossa primeira impressão: “Que triste, ela está a chorar num funeral.”

Entretanto, o investigador poderia dizer a alguns participantes: “Não é um funeral, é um casamento”. Esta reapreciação do evento, substituía o pensamento inicial e gerava uma dose mais feliz de sentimentos, iniciando uma sequência de mecanismos que acalmava a amígdala e os circuitos conexos.

 

No gráfico acima, a barra preta “Attend” mostra os participantes que olharam para as imagens negativas sem utilizar o reenquadramento. A barra preta “Reapp” mostra os participantes que fizeram o reenquadramento. A barra a cinzento mostra a reação a imagens neutras.

No eixo dos Y, está a força do evento negativo que os participantes experienciaram.

Como podemos verificar, quando os voluntários utilizaram o reenquadramento (Reapp), existiu uma diminuição considerável do sentimento negativo que estavam a experienciar.

 

Este estudo mostra-nos que podemos mudar emoções negativas com o pensamento, utilizando reenquadramentos, olhando para as coisas de uma forma diferente. As coisas são como são. Nós é que as interpretamos de variadas formas, gerando vários estados emocionais, sendo que muitos não são positivos. Mas podemos utilizar o pensamento para reenquadrar a situação, ver através de outro prisma e, com isso, mudar o estado emocional.

 

  1. Oschner, K.N., Bunge, S.A., Gross, J.J. & Gabrieli J.D. (2002). Rethinking Feelings: An fMRI Study of the Cognitive Regulation of Emotion. J Cogn Neurosci

5 Razões para que a Inteligência Emocional seja uma ferramenta indispensável para Super Líderes

Sempre que pensamos em pessoas inteligentes, imaginamos matemáticos a resolver equações dificílimas, grandes escritores premiados com o Nobel da Literatura ou filósofos, certo?

Mas este nível de brilhantismo assume diversas formas, principalmente como a habilidade de compreender e gerir emoções, mais popularmente conhecida como Inteligência Emocional. E os Super Líderes utilizam da melhor forma a sua Inteligência Emocional.

Vejamos como é que a Inteligência Emocional pode fazer-te brilhar:

 

  1. Consciência Intensa

Permite-te compreender os efeitos dos teus sentimentos. Isso é crucial sempre que precisas tomar decisões com impacto e objetivas, com o teu orgulho e autoestima em jogo. Quem nunca demonstrou apreço por uma certa ideia ou estratégia que se revela má ou errada, e que depois teve dificuldade em reconhecer que “a coisa” não funciona?

Líderes com elevada Inteligência Emocional conseguem perceber sempre que o seu orgulho (ou outra emoção) está a influenciar a sua forma de pensar, permitindo tomar decisões mais imparciais e racionais.

 

  1. Interpretação dos Impactos Emocionais

A Inteligência Emocional torna também mais fácil antecipar e responder aos sentimentos dos outros. Por mais que queiramos ser objetivos, os negócios e a vida nas empresas são sempre experiências emocionais.

As más notícias podem surpreender ou desanimar as equipas de trabalho, enquanto as boas notícias podem torná-las incrivelmente otimistas. A Inteligência Emocional significa que podes antecipar como os outros irão reagir e desenvolver uma estratégia para mantê-los focados.

 

  1. Gestão da Saúde Mental

Ao reconheceres as possíveis ameaças à saúde mental (ansiedade, stress, depressão, luto, trauma, entre outros) da tua equipa de trabalho, podes assegurar que recebem todo o apoio e recursos necessários para recuperarem. Não só tem vantagens a nível da saúde como promove um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.

 

  1. Cultivar a Comunicação

Líderes com Inteligência Emocional têm uma capacidade melhorada para avaliar a reação dos outros às suas palavras e ações. Isto torna mais fácil a comunicação, porque consegues perceber se toda a tua equipa está em linha com a mensagem. E se não estiver, tu consegues perceber isso, mesmo que eles nada digam, e reformular a mensagem, desenvolvendo formas de comunicação mais eficientes para com todas as pessoas da tua equipa.

 

Também consegues tornar-te um melhor ouvinte, isto é, ouvir de forma clara e sem julgamento que os outros têm a dizer. Garantes assim que todos irão dar-te sempre as informações que precisas.

 

  1. Humor Útil

Nunca subestimes a importância do humor nas empresas e nos negócios. Uma boa piada ou um jogo de palavras inteligentes pode animar elementos da tua equipa que estejam mais em baixo, conquistar clientes céticos e atrair uma atenção positiva para a tua marca. É importante que encontres quais as situações adequadas para aplicares o humor para conseguires criar um balanço apropriado de seriedade e descontração.

 

Reforçamos que a Inteligência Cognitiva (QI) é sempre importante, mas a Inteligência Emocional (QE) é a chave para o sucesso na liderança e na capacidade de nos relacionarmos com os outros. A Inteligência Emocional vai ajudar-te a escolher o melhor método para resolveres os desafios e alcançares os teus objetivos, da tua empresa e da tua equipa.

 

Tradução adaptada de https://www.forbes.com/sites/forbescoachescouncil/2017/10/30/why-emotional-intelligence-is-indispensable-for-leaders/#f7ffb2275b78

Será Que Mais Felicidade Significa Maior Bem-Estar?

É comum ouvirmos dizer que a felicidade traz bem-estar. Mas será que é sempre assim?

Um estudo publicado na Perspectives on Psychological Science em 2007/8, defende que querermos atingir o extremo de felicidade pode ser mais prejudicial do que atingirmos valores moderados. Investigadores da Universidade de Virgínia, Illinois e Michigan State (EUA) analisaram dados do World Values Survey sobre influências económicas, sociais, políticas e religiosas e também estudaram os comportamentos e atitudes de 193 alunos da Universidade de Illinois.

Os investigadores explicaram que muitos indicadores de sucesso e bem-estar (como os relacionamentos pessoais, emprego, saúde e longevidade) estão correlacionados com uma maior felicidade. No entanto, as suas descobertas desafiam a ideia comum que todas as medidas positivas aumentam em proporção com o nível de felicidade. Os indivíduos que se classificaram a eles próprios como mais felizes (10  numa escala de 10 pontos) estavam em alguns aspectos, piores do que aqueles que tinham um resultado ligeiramente inferior.

O estudo hipotetizou que as pessoas felizes (classificando-se a elas próprias como 8 ou 9) podiam ser mais bem sucedidas em alguns aspectos do que aquelas que se consideravam no topo da escala.

As pessoas profundamente felizes podem ter menos tendência a modificar o seu comportamento ou a ajustarem-se a mudanças externas, mesmo quando alguma flexibilidade poderia trazer vantagens. Os dados do World Values Survey suportaram essa hipótese.

O estudo que fizeram com os 193 alunos também revelaram um padrão similar. Os estudantes foram categorizados como infelizes, ligeiramente felizes, moderadamente felizes, felizes ou muito felizes. O sucesso em categorias relacionadas com o desempenho académico aumentaram tanto como a felicidade aumentou, mas decresceu ligeiramente para os alunos que se classificaram como muito felizes. No entanto, o grupo muito feliz teve um resultado ligeiramente superior em factores sociais (amizades, confiança).

Outros estudos anteriores que ligam a saúde às emoções, descobriram que as pessoas extremamente felizes que são diagnosticadas com doenças sérias, nem sempre mostram melhores resultados. É especulado que isto acontece porque estas pessoas não se preocupam o suficiente sobre assuntos críticos que afectam a sua própria sobrevivência. A sua felicidade extrema faz com que se preocupem menos e procurem menos soluções mais activas para resolver os problemas de saúde.

Então, a felicidade significa mais bem-estar, mas quando atingimos níveis extremos de felicidade, perdemos em vários aspectos que estão relacionados ao bem-estar.

Ed Diener, professor de Psicologia da Universidade de Illionois concluiu o estudo indicando:

“Se estás preocupado com o sucesso na vida, não sejas um 1, 2, 3 ou 4 (numa escala de 10 pontos). Se estás infeliz ou apenas ligeiramente feliz, podes precisar de procurar ajuda ou fazer algo que te faça mais feliz. Mas se és um 7 ou um 8, talvez sejas suficientemente feliz!

 

Tradução adaptada de http://www.psyarticles.com/emotion/happiness.htm

 

 

12 comportamentos que os “top-performers” têm em comum

Uma das mais importantes categorias da Inteligência Emocional é o autocontrolo (autogestão emocional) e é igualmente a categoria mais difícil de treinar e desenvolver.

Mas quando dominada, torna-se numa arma massiva em termos de produtividade por ajudar-nos a nos mantermos focados no que importa. Ao mesmo tempo, quando não a conseguimos dominar, a nossa produtividade é altamente afectada, entre outros diversos factores.

Foram testadas mais de um milhão de pessoas consideradas top performers e descobriram que cerca de 90% das mesmas, têm uma Inteligência Emocional elevada. Em simultâneo, foram analisar de que forma essas pessoas conseguem manter esse registo de performance.

O resultado dessa análise resultou neste artigo de Travis Bradberry onde são indicados 12 comportamentos que as pessoas bem-sucedidas têm em comum e que as permitem manterem-se produtivas e em controlo das suas emoções.

#1 Perdoam-se a si mesmas
#2 Apenas dizem “sim” quanto realmente querem dizer “sim”
#3 Não procuram a perfeição
#4 São focadas em soluções
#5 Evitam os “e se?”
#6 Mantêm-se positivas
#7 Alimentam-se (bem)
#8 Dormem
#9 Exercitam-se
#10 Meditam
#11 Esperam que os impulsos diminuam
#12 Bloqueiam o discurso interno negativo

#1 Perdoam-se a si mesmas
As pessoas emocionalmente inteligentes sabem que o sucesso reside na sua capacidade de enfrentarem o fracasso e de não ficarem a viver no passado. Tudo aquilo que pretendemos alcançar envolve assumir riscos e não podemos permitir que um fracasso nos impeça de acreditar na nossa capacidade para sermos bem-sucedidos. Quando vivemos no passado, este passa a ser o nosso presente e isso impossibilita-nos de seguir em frente.

#2 Apenas dizem “sim” quanto realmente querem dizer “sim”
Sabia que, quanto maior for a dificuldade em dizermos “não”, maior probabilidade de sentirmos sintomas de stress, burnout e depressão/ansiedade?

Dizer “não” é uma ferramenta poderosa e não devemos ter medo de usá-la. Dizer “não” a um novo compromisso, honra os compromissos existentes e dá-nos a oportunidade de cumpri-los com êxito. Apenas lembre-se de que, dizer que não é um acto de autocontrolo no presente que irá permitir aumentar o seu autocontrolo no futuro, evitando os efeitos negativos do excesso de compromissos.

#3 Não procuram a perfeição
Quando a perfeição é o nosso objetivo máximo, sentimos sempre um sentimento de fracasso e de insatisfação que nos leva a querer desistir ou a reduzir o nosso esforço. As pessoas emocionalmente inteligentes não têm a perfeição como objetivo máximo, dado que sabem que a mesma não existe.
Quem procura a perfeição máxima, perde mais tempo a alimentar o seu sentimento de insucesso por não atingir o seu objectivo, ao em vez de sentir-se entusiasmado pelo que conseguiu alcançar e fazer planos para futuros objectivos.

#4 São focadas em soluções
O nosso foco determina o nosso estado emocional. Quando nos fixamos no problema que enfrentamos no momento, criamos e prolongamos um estado emocional negativo que dificulta a nossa autogestão emocional.
Quando nos focamos nas ações necessárias para ultrapassar o problema, criamos uma sensação de eficácia pessoal que produz emoções positivas, melhorando a nossa performance.
As pessoas emocionalmente inteligentes quando enfrentam problemas focam-se apenas nas soluções e não ruminam os problemas.

#5 Evitam os “e se?”
As perguntas do “e se?” ativam o stress e a preocupação. O desenrolar de um acontecimento pode acontecer de milhares de formas diferentes e quanto mais tempo perdemos preocupados com as milhares de formas diferentes, menos tempo passamos a agir e a sermos produtivos (ser produtivo ajuda a manter o foco e acalma).

Note que, não nos estamos a referir a pensamento estratégico na tomada de decisão (é necessário e trata-se de outra situação), mas sim ficar o auto sobre carregamento de preocupações.

#6 Mantêm-se positivas
Os pensamentos positivos ajudam na autogestão emocional por focarem o cérebro na recompensa (entenda-se como recompensa, uma pluralidade de coisas positivas para nós). O nosso cérebro tende a divagar (constantemente) e é necessário ajudá-lo, selecionando conscientemente acontecimentos positivos para ele pensar. Qualquer pensamento positivo irá redirecionar a atenção do nosso cérebro. Quando tudo está bem, o nosso humor também está bom e a autogestão emocional torna-se fácil. Quando tudo está mal, o nosso humor piora, o nosso cérebro é inundado de pensamentos negativos e a autogestão emocional torna-se um desafio. Ao pensarmos em coisas positivas, estamos a mudar o foco do nosso cérebro do pior para o melhor, resgatando o foco e facilitando a autogestão emocional.

#7 Alimentam-se (bem)
Este comportamento insere-se na categoria contraintuitiva, principalmente para quem tem vontade de comer este mundo e o outro, sempre que exerce autogestão emocional.
O nosso cérebro queima reservas de glicose sempre que exerce autocontrolo emocional e se, nesses momentos, os níveis de açúcar no sangue estiverem baixos, mais facilmente sucumbimos a impulsos destrutivos. O que leva-nos à procura de alimentos açucarados que, por sua vez, aumentam os nossos níveis de açúcar no sangue muito rapidamente, deixando-nos drenados e vulneráveis a mais comportamentos impulsivos logo pouco tempo depois. É preciso alimentarmo-nos bem, ou seja, com produtos que provoquem uma combustão lenta de açúcar no nosso corpo, que nos irá dar assim uma janela de oportunidade maior sempre que exercemos autogestão emocional.

#8 Dormem
Dormir bem é extremamente importante. Quando dormimos, o nosso cérebro recarrega-se e faz uma triagem das memórias (ou armazena ou destrói), para que acordemos “frescos”. A nossa autogestão emocional, atenção e memória reduzem-se sempre que não dormimos as horas necessárias para o cérebro se regenerar. A privação do sono aumenta a hormona do stress, mesmo sem haver situações de stress, diminuindo drasticamente a nossa produtividade. Mais, quando dormimos pouco, o nosso cérebro tem dificuldade em absorver glicose, logo ficamos mais vulneráveis a impulsos que afastam o nosso foco e temos maior tendência em comermos alimentos açucarados para compensar os níveis de açúcar.

#9 Exercitam-se
Apenas 10 movimentos de movimento corporal, libertam GABA (ácido gama-aminobutírico) um neurotransmissor que faz o nosso cérebro relaxar e a manter o autocontrolo emocional.

#10 Meditam
A meditação treina o nosso cérebro para se tornar numa máquina de autocontrolo. Mesmo as técnicas simples, como a atenção plena (mindfulness), que envolve durante apenas 5 minutos diários a concentração só na nossa respiração e nos nossos sentidos, melhoram a nossa autoconsciência e a capacidade do nosso cérebro em resistir a impulsos destrutivos.
#11 Esperam que os impulsos diminuam

O desejo e a distração têm a tendência de refluxo e fluxo, tal como a maré. Quando o impulso que precisamos controlar é forte, esperar que essa onda de desejo passe, geralmente é suficiente para nos mantermos no controlo. Quando sentimos que devemos ceder, a regra de ouro aqui é esperar pelo menos 10 minutos antes de ceder à tentação.

#12 Bloqueiam o discurso interno negativo
Um grande passo no exercício da autogestão emocional envolve a interrupção do discurso interno negativo. Quanto mais ruminamos em pensamentos negativos, mais poder ganham os pensamentos negativos.
A maioria dos nossos pensamentos negativos é apenas isso mesmo, pensamentos, e não factos. Quando começamos a acreditar nas coisas negativas e pessimistas que a nossa voz interior nos diz, é hora de parar e anotá-las. Pare literalmente o que estiver a fazer e escreva o que está a pensar. Isso ajudará a abrandar o impulso negativo dos pensamentos e tornar mais clara as nossas ideias, sem interferências.

 

Tradução adaptada de  http://www.huffingtonpost.com/entry/how-successful-people-stay-productive-and-in-control_us_594c1b73e4b07cdb1933c0d0

 

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